Pular para o conteúdo principal

Postagens

34 – Epílogo

Em dezembro de 2019 eu estava em Colina, SP. Uma noite, enquanto no estacionamento do hotel parei e olhei para o céu. O sol dava espaço no céu para a lua que surgia do lado oposto. O sol já estava posto, mas ainda refletia sua luz na linha do horizonte. Não o suficiente para ofuscar a luz de algumas estrelas que começaram a surgir no céu azul escuro. Observei uma estrela brilhando forte, um brilho que não vemos nas estrelas nas cidades grandes. “ Como devia ser lindo olhar para o céu límpido e ver a mancha branca de luz que as estrelas juntas formavam! ” – Pensei eu.  Pensei também na beleza do céu estrelado nas fazendas quando a luz elétrica ainda não era parte do dia a dia dos colonos, onde a lamparina que queimava querosene iluminava fraquinho os cômodos da casa obrigando as famílias a se manterem juntas. Havia o fogo nos lampiões e nos fogões. Sempre o fogo, afastando a escuridão e iluminando caminhos, afastado o frio e atraindo as pessoas ao seu redor, para se aquecerem. Ao lado
Postagens recentes

33 - Causos sobre a família

Esta postagem é uma continuação da número 32 – Caipiras Graças a Deus. Discorri anteriormente sobre a conversa com a Zenaide e contamos histórias do tempo da fazenda. Neste que segue vou falar da visita a minha tia Zulmira em Monte Azul, filha da Virginia Tiozzo e de volta a Colina, a visita as minhas tias Zica, Zilda e Isabel, todas noras de Virginia. Foram conversas interessantes visto que temos versões diferentes da mesma pessoa. E por fim as conversas com os tios Nego e Paulo, filhos dos meus avós Ângelo e Virginia. Na casa da Tia Zulmira - Monte Azul Na tarde de quinta-feira, dia 26/12/2019, depois de almoçar o escondidinho feito pela Idalina, pegamos o carro, passamos na casa da nossa prima Cistina, e seguiríamos para a casa da minha tia Zulmira em Monte Azul. Como fazia calor! O ar condicionado do carro parecia não vencer a temperatura!  Assim que chegamos, minha tia me abraçou forte. Seu beijo lembrou o beijo da minha vó Virginia que nos beijava repetidas vezes, chorand

32 - Caipiras, graças a Deus

O título é uma paródia do livro Anarquistas, graças a Deus de Zélia Gatai. Zélia era filha de italianos, seu pai de Florença, sua mãe do Vêneto.   Seu livro publicado em 1979 é uma crônica onde ela mistura fatos e imaginação. É o registro e o testemunho de suas observações da vida familiar. Nos parágrafos à frente, eu me dedico a descrever as minhas memórias como também de outras pessoas da família, e dessa forma, reconstruir a rica experiência que tivemos nos nossos passeios e principalmente da vida da minha família que permaneceu no interior paulista. Ouvir as histórias de outras pessoas nos dá pontos de vistas diferentes dos mesmos objetos e acontecimentos. Elas aumentam, explicam e enriquem os fatos e minhas observações. Convido o leitor a fazer esta viagem comigo!  Colina - 2019 Em dezembro de 2019, eu fiz uma viagem com a minha mãe até Colina. São cinquenta anos que nos separam daquela viagem feita em 1968. Meu objetivo era visitar meus tios e primos, conversar, recordar e re