Vamos agora fazer uma pausa para o café. Devemos lembrar que aqueles imigrantes, membros da minha família, que vieram para São Paulo na segunda metade de 1888, foram direcionados para a fazenda de Henrique Dumont para trabalhar nas fazendas de café. Vimos também que a emigração dos italianos aconteceu em parte devido as questões econômicas e sociais do período pós Ressurgimento que unificou as províncias italianas, mas havia também, paralelamente, um movimento subsidiado pelo governo brasileiro para atrair estes imigrantes para o Brasil, em especial para trabalhar nas fazendas de café. Vamos entender então a importância desta planta e bebida na economia do Brasil e conhecer a sua história no mundo e como ela influenciou a imigração.
A História do café
Quando eu tinha por volta de oito anos de idade, tínhamos em casa uma enciclopédia chamada Ler e Saber. Foi lá que pela primeira vez eu li a breve história do café. Nela eu aprendi que um pastor monge da Abissínia, hoje Etiópia, observou que seu rebanho de cabras estava muito agitado depois de comerem pequenas frutas vermelhas de uma arvore. Eventualmente ele e outros monges fizeram um tipo de chá com a bebida, e ao beberem sentiram-se vivazes e eufóricos. Era a descoberta de uma bebida mágica!
Os historiadores concordam que a planta de café é originária da África, Província de Kaffa, Etiópia. A camada carnosa que recobre os grãos era comida pelos escravos que eram transportados da área do atual Sudão para o Iêmen e a Arábia, passando pelo importante porto da época, Moca1, uma cidade portuária do Iêmen, situada às margens do mar Vermelho. Sabe-se também que o café era cultivado no Iêmen no século 15 e provavelmente muito antes. O nome ‘café’ não é originário da Kaffa, local de origem da planta, e sim de uma palavra árabe que significa vinho, uma bebida.
Do Iêmen o café foi levado a Constantinopla, Império Otomano. As primeiras casas de café foram abertas em Meca. Em 1574 havia casas de cafés famosos em cidades como Cairo, Egito e Meca, na Arábia Saudita. Logo elas chegariam a Europa. Bebidas quentes como o chocolate, trazido pelos espanhóis das Américas para a Espanha em 1528 e o chá, posto à venda pela primeira vez na Europa em 1610, já eram um sucesso entre os Europeus. Grãos de café começaram a ser traficados por toda a África até chegarem à República de Veneza.
As primeiras importações de café para e Europa foi feita pelo Venezianos. Em 1683 nasceu na praça de San Marco em Veneza a primeira casa de café ou cafeteria a “Botteghe del Caffè”. Seguiu-se a abertura de cafés em outras cidades Europeias como Londres (Pasquar Rose) e Paris (Procope). Os holandeses levaram o café até os Estados Unidos por volta de 1668 e logo depois havia casas de café em Nova Iorque, Filadélfia, Boston e outras cidades.
Os cafés, cafeterias
ou coffee shops, se propagavam pela Europa e Estados Unidos e em pouco tempo deixaram
de ser simples locais para se comprar bebidas. A
maior bolsa de seguros do mundo, a Lloyd's of London, aberta em 1688 começou
como casa de café. Tanto a Bolsa de Valores de Nova Iorque quanto o
Banco de Nova Iorque começaram em casas de café. Os cafés transformavam-se em bancos e a
bebida em commodity lucrativa. O café deixou de ser apenas uma bebida
exótica. Era um negócio muito lucrativo. A demanda pela bebida mágica
crescia e crescia também a cobiça por mudas e locais apropriados para a
plantação do cafezeiro, o pé de café.
Muitos anos antes, em 1616, os holandeses conseguem algumas mudas de café de Mokha. Um pé de
café foi clandestinamente introduzido no Jardim Botânico de Amsterdã. Da estufa do jardim botânico de Amsterdã,
saem alguns pés de café e, em 1699, inicia-se plantio experimental em Java,
atual Indonésia e depois, Malabar, Índia. Em
alguns anos, a maior parte do café fornecido à Europa vinha das colônias
holandesas. Em 1718 os holandeses
levam o café para o Suriname, região nordeste da América do Sul, que se transforma em um
grande centro
produtor.
Comerciantes e governantes poderosos queriam quebrar o monopólio dos holandeses. De uma muda de café dada de presente ao rei Luiz XIV da França, surgiram várias outras na estufa dos jardins de Versailles. Os franceses levaram o café para as Ilhas de Sanswich e Boubon e mais tarde, Gabriel Mathieu de Clieu, capitão da marinha francesa, levou o café para a Martinica. Em 1777 havia entre 18 e 19 milhões de cafeeiros em Martinica, e foi implantado o modelo de um novo cultivo pecuniário para o Novo Mundo. Posteriormente, cafezais foram formados na Guiana Francesa. E 1730 os Britânicos introduziram o café na Jamaica, onde hoje se cultiva o café Blue Mountains, um dos mais caros do mundo. Em 1825, as Américas do Sul e Central estavam a caminho de realizar seu destino cafeeiro.
O Café no Brasil
O café chegou ao Brasil em 1727 contrabandeado da Guiana Francesa por Francisco de Mello Palheta. Aparentemente este militar teria ido a Caiena, capital da Guiana Francesa, em uma missão a pedido do governador do Pará, João da Maia Gama, em 1727. Embora haja uma versão de que as sementes foram dadas de presente a Francisco Palheta pela esposa do governador, senhora D’Orvilliers, esta estória não pode ser confirmada. A probabilidade é que ele pagou alguém para roubar mudas e sementes para ele. Baseado em uma petição feita pelo militar Palheta a D. João V, inserta nos “Annaes da Bibliotheca e Archivo Público do Pará” (Cod. de Alvarás, Cartas Régias e Decisões. Reinado de D. João V. 1734), reproduzida no livro do escritor Manuel de Mello Cardoso Barata, aprendemos que Palheta teria gasto uma pequena fortuna do próprio bolso para adquirir ‘mil e tantas frutas e cinco plantas do vegetal alienígena (café)’ e pedia o reembolso desse dinheiro. De qualquer forma, podemos dizer que ouro verde chegou aqui por meio de um dos primeiros casos de biopirataria.
Seu cultivo começou no Pará em 1727 e estendeu-se
pelo litoral do Nordeste do país. No final do século 18 chegara ao Rio de
Janeiro. O café é plantado na Gávea e na Tijuca por João Alberto Castello
Branco. O terreno onde hoje é a Floresta da Tijuca, já foi um cafezal.
Em 1800, ou seja, cerca de setenta anos depois,
chegava ao Vale do rio Paraíba no Estado de São Paulo. Ali encontrou fatores
favoráveis ao cultivo maciço como solos, temperaturas, altitudes e extensões de
terra. Acontece que algumas cidades como Guaratinguetá, do lado paulista do
Vale do Paraíba, haviam atingido um grande nível de desenvolvimento durante o
ciclo econômico da cana de açúcar e eram mais ricas e importantes,
economicamente, do que a cidade de São Paulo. Mas aproximadamente em 1805 começa
a queda do comércio açucareiro e os fazendeiros da região começam a procurar
substitutos para as plantações da cana de açúcar. Foi então que o café passou a
ter importância econômica. O motivo? Uma nova moda que tomava conta da Europa e
Estados Unidos, o gosto de tomar café.
Com o aumento da demanda por café nos mercados
europeus e americano, em 1806 exportaram-se do porto do Rio de Janeiro 82 mil
arrobas de café, comparados a apenas 8 mil em 1796. Segundo Darcy Ribeiro no
livro O Povo Brasileiro “o cultivo do
café, ganha significação econômica com as primeiras grandes lavouras plantadas
na zona montanhosa próxima ao porto do Rio de Janeiro, mas o sucesso das
exportações – que crescem de 3.178 sacas, na década de 1820, a 51.631 sacas, na
década de 1880 – promove rapidamente o novo cultivo à liderança em que se
manterá, daí em diante, como a atividade econômica fundamental do Brasil,
passando de 18,4% do valor das exportações, na primeira das citadas décadas, a
61,5% na última.” (Ribeiro p. 394).
Em 1836, produzia-se no Vale do Paraíba pouco mais de
500 mil arrobas de café, cerca de 86% da produção brasileira, mas dezoito anos
depois, em 1854 eram 2,7 milhões de arrobas, 77,5%. A região prosperou e isso
resultou em extensas propriedades com muitos escravos. Seus proprietários
tornaram-se importantes nomes da política do Império sob D. Pedro II. Bananal,
naquela região, era uma das cidades mais ricas da província de São Paulo.
Mas não iria durar muito. A região do Vale do Paraíba
está espremida entre a serra do Mar e a da Mantiqueira com um terreno
montanhoso. A falta de critérios no plantio causou a rápida deterioração do
solo e o Vale do Paraíba entra em declínio na década de 1860.
Os fazendeiros então miram ao oeste do Vale do Paraíba, para a região de Campinas. O café encontrava na região, condições muito a seu gosto, devido à infindável planura com poucas ondulações e terra vermelha. Entre 1850 e 1900, a onda verde de pés de cafés vai se movendo para as regiões de Campinas, Pouso Alegre, São João da Boa Vista, chegando até Ribeirão Preto. De 1900 a 1950 alcançaria Araraquara, São José do Rio Preto, Bauru e Presidente Prudente. Depois atravessaria as fronteiras do Estado de São Paulo indo para o Norte do Paraná, até Londrina e Maringá.
Como foi que esta onda se tornou um tsunami? Em
Campinas, em 1835, apenas nove fazendas produziam 808 arrobas de café, mas quinze
anos depois, 89 fazendas produziam 100 mil arrobas. A terra não se esgotava,
mas era preciso mais e mais terreno. Assim, as fazendas de café foram se
ampliando a medida que os fazendeiros compravam terras virgens. Por exemplo, Martinho
Prado, junto com seus filhos foram ampliando seus domínios ao comprarem terras
virgens que iam do norte do rio Mogi Guaçu à região de Casa Branca, depois São
Simão e finalmente Ribeirão Preto. Em 1880, a fazenda São Martinho, da família
Prado, era a maior fazenda de café do Brasil com 14 mil alqueires e 3,4 milhões
de pés de café. 2
Com tanta produção, começaram os problemas. Enquanto
a produção se concentrava no Vale do Paraíba, próximo ao litoral, e escoavam o
café através do Porto de Parati, ou Ubatuba, SP, que era tributária do Rio de
Janeiro. De lá, eram levadas até o porto do Rio de Janeiro e então para o resto
do mundo. Dessa forma, não contribuíam para o desenvolvimento da Província de
São Paulo. Entretanto, Campinas e a região do nordeste e centro-oeste paulista,
estavam longe destes portos e também do porto de Santos.
Além do mais, o transporte de café era feito por
tropeiros que possuíam grandes tropas de burros. Era demorado e ineficiente.
Com a expansão do cultivo do café em fazendas tão distantes quanto Ribeirão
Preto, os tropeiros não atendiam mais às necessidades. O custo de transporte
equivalia a 1/3 do preço do produto. Era preciso reduzir os custos e o tempo
gasto com transporte. Como resolver isso? O trem a vapor.
Café, Ferrovias e Imigrantes
As estradas de ferro já eram uma realidade na Europa e Estados Unidos. Foi por causa do café que surge a São Paulo Railway, primeira estrada de ferro da Província de São Paulo, construída pelos ingleses e inaugurada em 1867. Depois da inauguração do trecho entre Jundiaí e Campinas, em 1872, o café da região que levava de três a quatro semanas para ser conduzido ao porto, em lombo de burro, chegava agora em poucos dias.
O café disparou uma serie de eventos que se irradiou a outras áreas. Primeiramente, para aumentar a produção de café foi necessário atrair milhões de imigrantes. Eles trouxeram em suas bagagens novos hábitos, ideias e costumes. Houve uma renovação na maneira de pensar. Segundo, com o fim de agilizar o transporte do café até o porto de Santos, foi construída uma ferrovia que, a partir da capital, abria-se em leque ligando São Paulo à outras cidades e as fazendas de café. Os trens transportavam sacas de café até o porto de Santos e traziam na volta os imigrantes e outros produtos para abastecer as cidades. O abastecimento era mais frequente com maior variedade de produtos. O intercambio entre as cidades gerava riqueza e criava novos postos de trabalho, possibilitando o surgimento de uma população urbana.
As cidades mais importantes do Estado de São Paulo se transformavam. Desapareciam as casas de taipas e pau a pique e surgiam construções mais vistosas e modernas. Construíam-se estações monumentais, teatros, mercados municipais, edifícios públicos, novas avenidas e praças, e começou o processo de saneamento nas áreas mais nobres e centrais. Inauguravam-se lojas, magazines, restaurantes e cafés onde as pessoas podiam se encontrar, sem ser nos salões dos casarões. Os barões do café e os novos comerciantes, que faziam fortuna com o café, construíram palacetes em novas avenidas e novos bairros que surgiam ao redor de cidades como São Paulo e Campinas. As tropas de burros, símbolo do colonialismo desaparecia para dar lugar às ferrovias, símbolo do progresso e da velocidade.
Houve também mudança nos hábitos das pessoas. O trem,
mais rápido e confortável, passou a transportar mais passageiros, com isso, as
pessoas começaram a viajar mais, criando maior reciprocidade de relações entre elas.
Primeiro com o telégrafo e com a circulação de jornais, depois com o telefone, as
informações chegavam mais rápido às cidades. São Paulo, a cidade situada no
caminho entre Santos e o Interior paulista, torna-se o centro financeiro e de
abastecedor das outras regiões do Estado. Este capital, gerado pelo comercio do
café possibilitaria a implantação da indústria. Surgia, pela primeira vez, uma
classe média no Brasil e consequentemente aumentava a demanda de produtos de
consumo básicos. 3
Consequências
É indiscutível que o cultivo do café trouxe progresso e transformou
economicamente o Estado de São Paulo, mas essa transformação acabou afetando o
meio ambiente e a cultura dos povos que habitavam essas regiões como os índios
e os caipiras paulistas. Segundo Toledo3 os fazendeiros conservavam
grandes áreas de matas em suas terras para garantir a lenha de que os trens à
vapor necessitavam para alimentar as locomotivas. Acompanhada da expansão da
cultura do café, veio a devastação, poluição e genocídio dos povos indígenas
que estavam no caminho de um ou do outro.
Segundo o sociólogo Darcy Ribeiro, essa marcha do
café atingiu as matas do Rio de Janeiro até Mato Grosso e Rondônia. Extensas
áreas de florestas foram derrubadas para a implantação de novas áreas de cultivo
do café. A onda foi levando tudo de roldão, incluindo aldeias indígenas e núcleos
caipiras. Em zonas de solo excepcionalmente férteis, os cafezais se fixavam
como cultura permanente, mas em outras áreas, muitos fazendeiros abriam as
lavouras de onde obteriam boas safras até que uma geada ou praga destruísse a
plantação ou o cafezal envelhecesse pelo desgaste do solo. Dez anos depois, os
fazendeiros abandonavam aquelas enormes áreas devastadas e erodidas, e iam em
busca de novos terrenos. Nas terras deixadas
para trás, outros proprietários plantavam capim para criação de gado, mas como a
nova economia não conseguia manter o mesmo nível de mão de obra, nem utilizava a
estrada de ferro, muitas dessas áreas entraram em decadência. Toledo menciona o
anterior rico vale do Paraíba como um ‘cemitério
de fazendas abandonadas e cidades que, mal conhecida a prosperidade,
mergulharam na pobreza.’
O café manipulou o homem a seu bel-prazer. O homem derrubou mata virgem e substituiu por cafezais. Deslocou milhões de camponeses europeus para o solo brasileiro. Cortou o solo com ferrovias, cujas locomotivas se alimentavam de carvão vegetal vinda das florestas por onde passavam. Os camponeses trabalhavam longas jornadas sob o sol abrasador irrigando, eliminando ervas daninhas, curando plantas doentes, protegendo-as dos ataques de insetos como a cigarrinha que suga a raiz do cafeeiro, o bicho mineiro que ataca as folhas, a broca do café que ataca os frutos, o praticamente invisível ácaro vermelhos; arando o solo em volta delas. Em suma, era o homem servindo a planta para servir-se daquilo que ela podia oferecer a ele. E o que ela oferecia, era um fruto amargo, mas que se tornou tão precioso ao ponto de ser chamado de ouro verde.
Recomendo a leitura do artigo publicado na edição n. 41 de março de 2010 no site do Arquivo Público do Estado de São Paulo: O tropeiro como propagador cultural e mola mestra da cultura cafeeira no século XIX de Filipe Cordeiro de Souza Algatão. Recomendo também o vídeo no Youtube: A História do Café aqui abaixo que faz um resumo do que foi dito acima.
Fontes e Referencias:
- Moca (árabe), é o nome de um porto no Iêmen. Entre os séculos XV e VXII Moca foi o mais importante mercado de café do mundo. Mocha é também o nome de uma variedade nobre de café da espécie Coffea arábica, que provinha do porto com o mesmo nome. Na Europa, café mocha pode se referir tanto a uma bebida quente: café com leite e uma porção de chocolate adoçado.
- Martinho Prado casou-se aos 27 anos com sua sobrinha, Veridiana 13, filha de seu irmão Antonio Prado. D. Veridiana, tornou-se uma das mais prestigiosas damas da sociedade Paulistana. Seus filhos Antonio e Martinico Prado, levaram o café até Ribeirão Preto. [Toledo p. 358]
- Toledo p 363
- Outras Fontes:
- CARNIER JR, Paulo. A IMIGRAÇÃO PARA SÃO PAULO: A viagem, o trabalho, as contribuições –Capítulo 8 - O café
- RIBEIRO, Darcy. O Povo Brasileiro - A História do Café no Brasil – pp 404-406
- TOLEDO, Roberto Pompeu. A Capital da Solidão: Uma história de São Paulo das origens a 1900. Rio de Janeiro: Objetiva, 2012. pp 355 – 366.
- ABIC – Associação Brasileira da Industria do Café: História, baseado em A História do café de Ana Luiza Martins, 2008. http://abic.com.br/cafe-com/historia/
- Artigo: Jornal Tribuna - Ribeirão Preto 162 anos – Mais de 70 mil imigrantes fizeram história na cidade baseado na tese de doutorado da historiadora Patrícia Furlanetto, graduada em História e pós-graduada em História Social pela Universidade de São Paulo. (USP). https://www.tribunaribeirao.com.br/site/ribeirao-preto-162-anos-mais-de-70-mil-imigrantes-fizeram-historia-na-cidade/
- História do Café – O Café em Ribeirão Preto que cita fontes como: Luciana Suarez Galvão Pinto. Ribeirão Preto – A Dinâmica da Economia Cafeeira de 1870 a 1930. Dissertação de Mestrado. Departamento de Economia. Unesp - Araraquara, 2000
- Site Gente de Opinião – Francisco de Mello Palheta de Hiram Reis e Silva baseado no livro em BARATA, Manuel de Mello Cardoso. A Antiga Produção e Exportação do Pará - Estudo Histórioco-econômico - Tipografia da Livraria Gillet, 1915.
- http://dumont.sp.gov.br/novo_site/historico/
- http://www.ico.org/pt/coffee_storyp.asp?section=Sobre_o_caf%C3%A9
- https://projetobrasilfranca.files.wordpress.com/2010/06/fazenda-dumont-2.pdf
- https://pt.wikipedia.org/wiki/Henrique_Dumont
- https://www.gentedeopiniao.com.br/colunista/hiram-reis-e-silva/francisco-de-mello-palheta
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